sábado, 25 de abril de 2015

O que esperar da Pátria Educadora?




Ligada diretamente à  PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, a SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS (SAE) que tem à frente Mangabeira Ünger divulgou nesta semana, em 22 de abril de 2015, o Documento "PÁTRIA EDUCADORA: A QUALIFICAÇÃO DO ENSINO BÁSICO COMO  OBRA DE CONSTRUÇÃO NACIONAL". 
Acesse aqui, direto do Blog do Luiz Carlos Freitas      
O Documento foi apresentado como uma proposta preliminar para discussão. Traz as "diretrizes de um projeto nacional de qualificação do ensino básico" e está dividico em duas partes. Na primeira desenha o "ideário do projeto" e na segunda traz um conjunto de "iniciativas", isto, é, de propostas com vistas a consolidar o que está no chamado Ideário. 
De início já nos vem algumas perguntas:
- O Ministério da Educação sequer é mencionado como co-partícipe da produção. Por que? O que o MEC tem a dizer sobre o dito Documento?
- Ao se referir a uma situação dramática e castrófica da educação no país, a SAE esquece que o partido que está no governo é o mesmo há mais de 12 anos? 
- Será que não avisaram a SAE que defendemos "Educação Básica" e não "Ensino Básico", pelo caráter evidentemente mais restritivo do segundo?
Sobre o teor propriamente dito, são vários os problemas, equívocos e inconsistências, a começar pela discriminação e segregação de "uma escola para pobres" e outra para os "pobres que demonstrarem capacidade". E mais: o retorno da retórica do currículo para desenvolvimento de competências agora chamadas de "capacitações"; a criação de escolas modelos para as quais os estudantes terão acesso por meio de concorrência pois serão para poucos (sic!); criação de um sistema de premiações para diretores de escola que produzirem "bons resultados"...Enfim: meritocracia e políticas de responsabilização. 
A seguir por esse caminho, vai muito mal essa "Pátria Educadora".

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